ALIMENTAÇÃO: COMO MANTER O EQUILÍBRIO E SE RELACIONAR MELHOR COM OS ALIMENTOS



Desde muito pequena, nunca fui magra como minhas amiguinhas. Sempre fui acima do peso e quando eu questionava mus conhecidos acerca do meu corpo, sempre ouvia que eu era “gordinha”. Nunca soube o que era pior, esse diminutivo que não amenizava minha baixa autoestima ou os olhares críticos para meu corpo infantil, que se divertia comendo salgadinhos, doces e chocolates.

Com o passar dos anos, minha alimentação não mudava nunca. Sempre ansiosa, comia muito açúcar e carboidratos e não engordava consideravelmente, portanto, não parava de me alimentar – muito – mal. Sem a presença de proteínas, ferro e alimentos ricos em nutrientes e vitaminas, eu ficava cada vez mais fraca e não via razões para mudar minha vida.

Tenho alguns problemas sérios de saúde e numa das visitas ao médico, fui orientada a buscar ajuda nutricional e assim fiz. Chegando lá e passando com duas especialistas – Nutricionista e Nutróloga – recebi uma notícia ainda mais triste: caso não mudasse meus hábitos, eu poderia até mesmo perder a vida. Desde então, iniciei uma reeducação alimentar e a perda de peso foi uma consequência de uma mudança muito mais profunda. Já se passaram onze meses desde o início do processo e as transformações do meu corpo foram muitas: estou mais disposta, minha pele está mais hidratada e aparentemente mais bonita, sou mais motivada e focada e não como com culpa, esta transformação, para mim a mais importante, foi fruto de um processo mental muito complexo.

Compreender que a comida não é nossa inimiga é muito difícil e requer muito tempo de análise e meditação sobre o assunto. Aprendi isso, pois ao mudar drasticamente meu estilo de vida, recaídas são comuns e neste caso, necessárias. Equilíbrio é essencial e deve estar presente em todos os sentidos de nossa vida. Não é errado comer um chocolate quando te der na telha, não é errado sair e comer uma pizza – desde que não haja nenhuma proibição médica – sempre com consciência somos livres para fazer tudo aquilo que temos vontade.

Logo, minha forma de lidar com a comida é a seguinte: durante a semana eu sigo uma alimentação balanceada, saudável, rica em nutrientes e vitaminas e quando chega o final de semana como chocolate, doces ou algum alimento que eu goste muito. Dessa forma, consigo aos poucos driblar a compulsão alimentar e continuar com o ritmo de me manter saudável. Reitero, por último, que este método funciona para mim, pois como consequência da ansiedade sou compulsiva e esta foi a forma que encontrei de me livrar dela. Portanto, sugiro que cada pessoa faça uma avaliação médica para encontrar o melhor método para lidar com os alimentos.







Comentários

Postagens mais visitadas